Letalidade Hospitalar entre pacientes infectados pelo HIV na Amazônia Brasileira: Um estudo retrospectivo de cinco anos
Erick Clayton Gonçalves Feio, Ana Beatriz Viana Mileo, Isabela Costa Vaz, Andrea Luzia Vaz Paes
Resumen
Objetivo: Analisar os fatores de risco clínicos e epidemiológicos relacionados à letalidade de pacientes com HIV/AIDS internados no HUJBB, no período de 2018 a 2022, na cidade de Belém do Pará. Métodos: O estudo analisou prontuários de pacientes internados com diagnóstico principal de HIV (CID B24) no HUJBB entre 2018 e 2022. A taxa de letalidade hospitalar (TLH) foi calculada, e associações entre características dos pacientes e desfechos foram analisadas por meio do teste do qui-quadrado de Pearson. Resultados: Entre 569 casos analisados, a TLH geral foi de 28,12% (IC 95%: 24,47%–31,96%). A maioria dos pacientes era do sexo masculino (63,09%) e tinha entre 31 e 50 anos. Uso irregular ou abandono da TARV foi relatado em 31,52% das internações. Contagens de linfócitos CD4+ ≤200 células/mm³ estiveram significativamente associadas à maior mortalidade (OR = 7,25; IC 95%: 1,52–34,54; p = 0,006). Os sintomas mais associados ao óbito foram dispneia (41,9%), tosse (32,7%) e febre (27,3%). As principais causas de morte foram complicações relacionadas ao HIV (B24), sepse e insuficiência respiratória. Conclusões: Conclui-se que a adesão à TARV, o diagnóstico precoce e o acompanhamento ambulatorial contínuo são essenciais para reduzir a letalidade hospitalar por HIV/AIDS.
Palavras-chave: HIV. Letalidade Hospitalar. Amazônia Brasileira.
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