Caminhos para o nascimento humanizado: tecnologias leves, protagonismo materno e redução de intervenções
Resumo
A assistência obstétrica contemporânea encontra-se tensionada entre o modelo tecnocrático e a urgência de uma abordagem humanizada. Este estudo, por meio de uma revisão integrativa da literatura, analisou práticas de cuidado que favorecem o protagonismo feminino, o uso de tecnologias leves e a redução de intervenções desnecessárias no processo parturitivo. A amostra final incluiu nove estudos publicados entre 2020 e 2025, majoritariamente qualitativos, cujos achados convergem para a valorização do enfermeiro obstetra como agente central na humanização do parto. Evidenciou-se que a presença contínua deste profissional favorece a escuta qualificada, o suporte emocional e a adoção de métodos não farmacológicos para o alívio da dor, como musicoterapia, aromaterapia e técnicas de relaxamento. Tais estratégias promovem conforto, segurança e autonomia, qualificando a experiência do nascimento. Em contrapartida, barreiras estruturais como sobrecarga de trabalho, escassez de recursos e resistência institucional à mudança de paradigma limitam a aplicação plena dessas práticas. Esta pesquisa evidencia que investir na formação humanística e técnica das equipes e fomentar políticas institucionais alinhadas à integralidade do cuidado são imperativos éticos e sanitários para a transformação do modelo assistencial vigente.
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