Acidente Vascular Medular: Relato de uma Série de Casos no Interior da Amazônia

Elizângela Willot Pereira, Jennyfer Conceição dos Santos Monteiro, Jaqueline da Rocha Calvo, Marissol Rabelo de Almeida, Marcos Manoel Honorato

  • Jaqueline da Rocha Calvo UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
  • Marissol Rabelo de Almeida
  • Marcos Manoel Honorato
  • Elizângela Willott Pereira
  • Jennyfer Conceição dos Santos Monteiro

Resumo

A isquemia da medula espinhal é rara e seu reconhecimento desafiador frente às apresentações variadas e ao amplo diagnóstico diferencial1. O estudo teve por objetivo descrever uma série com três relatos de casos e demonstrar a evolução do quadro clínico, diagnóstico e tratamento. Dois pacientes tiveram evolução clínica semelhante, iniciada com dor súbita, tetraparesia, alteração sensorial e disfunção esfincteriana. No outro caso, a isquemia medular se estabeleceu após cirurgia de coarctação de aorta e evoluiu com paraplegia, anestesia abaixo da lesão e alteração esfincteriana. A ressonância magnética da medula espinhal demonstrou lesões com hipersinal nas sequências ponderadas em T2 nos três casos e o tratamento foi baseado na utilização de aspirina e na reabilitação com sessões de fisioterapia e um deles recebeu aplicação de toxina botulínica. A evolução foi favorável nos três pacientes, com recuperação parcial ou total das debilidades e da deambulação com apoio, mantendo parcialmente a perda sensorial. O acidente vascular medular deve ser suspeitado em todos os pacientes com mielopatias agudas. O prognóstico é melhor quando comparado ao acidente vascular encefálico e o diagnóstico correto evita submeter os pacientes a terapias desnecessárias e a reabilitação precoce contribui para a melhor resposta clínica.

 

Palavras-chave: Infarto. Isquemia. Isquemia do cordão medular.

Publicado
2024-12-04