Intoxicações por substâncias que causam transtornos, antes e após o confinamento pela COVID-19
Resumen
Esse estudo avalia o perfil epidemiológico das intoxicações por substâncias que causam transtorno, antes e após o confinamento da COVID-19, notificadas pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campina Grande (PB). Tratou-se de um estudo epidemiológico e retrospectivo. Os dados foram coletados no Sistema Brasileiro de Dados de Intoxicações (DATATOX). Foram notificados 289 casos, com predominância do sexo masculino (66,0%), entre 20 e 29 anos (35,9%), com ensino médio completo (13,4%), da etnia parda (62,3%) e da zona urbana (90,5%). As intoxicações foram, predominantemente, por via oral (72,2%), leves (65,6%), tendo como principal desfecho, a cura (83,8%). Quando associadas as circunstâncias “tentativa de suicídio” e “abuso” com os recortes temporais, “antes do confinamento” (2018/2019) e “após o confinamento” (2021/2022), observou-se que houve um aumento significativo (p<0,001) dos casos, para ambas as circunstâncias. Também se percebeu um aumento significativo (p<0,001) na prevalência de quase todas as faixas etárias, após o confinamento, exceto para a categoria de 10-14 anos (p=0,9999). O álcool foi a substância psicoativa mais envolvida com intoxicações (54,5%), seguido pela cocaína em forma de pó (19,0%) e maconha (7,2%). Conclui-se que, no cenário pandêmico, houve um aumento das intoxicações agudas por psicoativos em Campina Grande (PB).
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